domingo, 18 de outubro de 2009

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

NOTICIÁRIO JURÍDICO

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

O jornal O Estado de S.Paulo dedica quatro páginas de seu caderno principal a um dossiê sobre o Judiciário brasileiro. Chamado de “Raio X do Judiciário”, o conjunto de reportagens especiais coloca sob holofotes a atuação do Conselho Nacional de Justiça nas ações disciplinares contra magistrados acusados de cometer irregularidades. Criado em 2004, o CNJ, só neste ano, abriu 113 sindicâncias, ante as 15 de 2008. Para o aumento de 653%, o órgão adotou até expedientes de polícia, como a análise de patrimônio e movimentação financeira. "Foi proclamada a República no Judiciário", declara o corregedor nacional, Gilson Dipp, mentor desse novo modus operandi do CNJ. Há, porém, reações. Alvo da ofensiva, associações de classe e juízes se unem para resgatar vantagens. E o próprio CNJ é tentado a instituir suas mordomias. O órgão também mergulhou nos presídios e viu, no Espírito Santo, o que há de pior: superlotação, ratos e até jovens em contêineres, os "micro-ondas". No país, após cumprir pena, 11.337 ainda estavam presos.


Identidade em formação
O Estado compara a atuação dos ministros que estiveram no comando da Corregedoria-Nacional de Justiça, órgão do CNJ responsável pela fiscalização dos juízes. Sob o comando do ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça, de setembro de 2008 a setembro deste ano a corregedoria abriu 5.358 procedimentos para apurar desvios de toda ordem no sistema judiciário brasileiro, desde falhas processuais e administrativas até venda de sentenças. Nos primeiros quatro anos, tendo à frente outros dois ministros do STJ, Antônio de Pádua Ribeiro, hoje aposentado, e César Asfor Rocha, atual presidente do tribunal, a corregedoria abriu apenas 28 sindicâncias. Das 113 abertas neste ano, dez já se transformaram em processos administrativos disciplinares, que podem custar o emprego dos investigados. Sete magistrados foram afastados preventivamente e quatro, aposentados compulsoriamente. É a pena máxima a que um juiz pode ser submetido na esfera administrativa. E ainda tem direito a salário proporcional ao tempo de trabalho, que só perde após uma sentença final.


Espelho magistral
“Nós, juízes, somos servidores públicos. E, consequentemente, fazendo parte de um poder da União, temos de prestar contas à sociedade. Não estamos acima do bem e do mal.” A batuta efusiva à frente da Corregedoria-Nacional de Justiça é do ministro Gilson Dipp, do CNJ. Em entrevista ao Estado, o corregedor afirma que a atuação firme do CNJ marca a "chegada da República ao Poder Judiciário". “Nossa responsabilidade com a ética deve ser maior que a de qualquer outro segmento da sociedade. Mas, infelizmente, há distorções que padeceram de insuficiência ética de cada um e também da falta de uma política pública de fortalecimento da instituição, que privilegiasse a ética”, diz. Para ele, parte da necessidade de uma atuação mais presente do CNJ se deve à inércia das próprias corregedorias estaduais e regionais. “Se as corregedorias estivessem atuando a contento, e se as administrações dos tribunais estivessem atuando a contento, não seria necessária toda essa mobilização do CNJ.” Mas o ministro também admite que nem o próprio Judiciário tinha consciência desses problemas. “Nós não nos conhecíamos.”


Balanço correicional I
Os afastamentos recentes foram no mês passado, segundo o Estado. Envolvem três magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia. Maria de Fátima Silva Carvalho é acusada de assinar sentenças escritas pelos próprios acusados e Janete Fadul de Oliveira, de receber R$ 700 mil para decidir em favor de uma empreiteira. O rol de juízes afastados inclui até um desembargador-corregedor, Jovaldo dos Santos Aguiar, do TJ do Amazonas. Encarregado de investigar seus pares, ele fazia o oposto. Durante inspeção nos escaninhos do desembargador, o CNJ descobriu que, dos 39 procedimentos instaurados para investigar magistrados, 16 estavam na gaveta. Ainda no Estado, o CNJ afastou mais dois magistrados. O desembargador Yedo Simões e o irmão, Elci Simões, são suspeitos de favorecer um político. Outro recém-afastado é o desembargador Edgard Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, corte de segunda instância da Justiça Federal com sede em Porto Alegre e jurisdição em todo o Sul. É acusado de beneficiar uma casa de bingo em troca de dinheiro.


Balanço correicional II
Na Paraíba, o CNJ afastou o desembargador Marcos Antônio Souto Maior, acusado de assinar despacho sob medida para que um assessor de seu gabinete conseguisse furar a fila de precatórios do governo local, diz o Estado. À época ele presidia o TJ e, no despacho, determinou o sequestro de R$ 147 mil para quitar o precatório do assessor, que ocupava o 23º lugar na fila. Por ordem do CNJ, Souto Maior passou a receber salário proporcional ao tempo de serviço. Na lista de magistrados aposentados compulsoriamente por ordem do conselho estão dois juízes do trabalho. Um deles, Suenon Ferreira de Sousa Júnior, do Pará, foi acusado de retardar decisões e criar embaraços a advogados que não lhe emprestavam dinheiro. O outro juiz do trabalho punido é Paulo Barbosa dos Santos Rocha. Para o CNJ, ele tinha conduta incompatível com o cargo. Em uma briga de família, teria pedido a um delegado que fizesse ameaças a um parente.


Espeto de pau I
Um fenômeno inimaginável até a criação do CNJ foi detectado recentemente por juízes que trabalham na corregedoria e participam das inspeções nas varas e tribunais de todo o país. De acordo com o Estado, há cada vez mais juízes e funcionários dispostos a revelar irregularidades nos tribunais em que atuam. No Juizado Especial de Salvador, com base em análise prévia, os juízes do CNJ deram pela falta de 2 mil processos. Andaram pelas instalações do tribunal, vasculharam armários e gavetas, sem sucesso. Um encontro no corredor, contudo, resolveu o mistério. Um funcionário passou rapidamente pelos juízes da corregedoria e, tentando disfarçar, disse apenas: "Porão, porão!" Os homens do CNJ entenderam o recado. Perguntaram se havia um porão no juizado e pediram para vasculhá-lo. Estavam lá os 2 mil processos.


Espeto de pau II
Numa inspeção em Alagoas, os juízes do CNJ foram avisados pela servidora que servia cafezinho que ela era terceirizada, mas constava da folha de pagamento do tribunal — era uma laranja, mas não foi descoberto quem sacava o dinheiro em seu nome. As inspeções do CNJ têm permitido chegar a uma conclusão comum: enquanto falta mão de obra na primeira instância, sobram funcionários comissionados em gabinetes de desembargadores. Outro problema está nas comarcas do interior, onde os juízes, que normalmente moram na capital, dão expediente em apenas três dias. São os chamados "juízes TQQ", uma alusão a terça, quarta e quinta-feira. Mas não é preciso ir longe para encontrar aberrações. Em Brasília, a poucos quilômetros de distância de sua sede, o CNJ constatou no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (DF e mais 13 Estados) que 20% dos processos criminais em tramitação já estavam prescritos sem sequer serem apreciados pelos relatores. No Maranhão, além das constatações de praxe, como atrasos em processos e casos de desvio de conduta, outro achado: havia mais de 140 policiais militares destacados exclusivamente para prestar serviços aos desembargadores — alguns davam expediente até nas casas dos magistrados.


Última instância
Atingidos por decisões do Conselho Nacional de Justiça, juízes e associações de classe têm recorrido ao Supremo Tribunal Federal para tentar recuperar vantagens antigas, como auxílio-moradia e auxílio-transporte, ou para contestar determinações, como a que acabou com o nepotismo. Levantamento feito a pedido do Estado mostra que existem hoje no STF 453 ações nas quais o CNJ está envolvido. A mais polêmica resolução obriga os juízes a revelar os motivos pelos quais se negam a julgar um processo por razão de foro íntimo. Ela já foi questionada no STF e o ministro Joaquim Barbosa concedeu liminar garantindo a um desembargador do Distrito Federal o direito de não divulgar os motivos do impedimento. Outra providência polêmica do CNJ, já contestada no STF, é a que estabelece regras para autorização judicial de escutas telefônicas e criação de cadastro nacional de grampos. Ao criar o sistema, o CNJ tentou solucionar o problema da falta de dados oficiais sobre as interceptações telefônicas e evitar o descontrole das escutas. Também foram questionadas no Supremo decisões que vedaram o nepotismo (contratação de parentes) e o pagamento de auxílio-moradia e auxílio-transporte a juízes.


Luz no fim do túnel
A pesquisadora Maria Tereza Sadek, da USP, que há 16 anos estuda o sistema judicial brasileiro, disse ao Estado que o atual ritmo do CNJ é a prova de que a Justiça no Brasil tem salvação. "O que está acontecendo no Judiciário é uma verdadeira revolução e é nossa obrigação, como cidadãos, tentar fazer com que isso se institucionalize e seja um caminho sem volta", diz. "Não apenas do ponto de vista disciplinar, mas também do planejamento que a Justiça precisa ter, o CNJ tem dado demonstrações de que era um órgão necessário", diz Sérgio Renault, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça na época da aprovação da emenda que instituiu o órgão. "Com vontade, é possível que o CNJ cumpra a sua missão."


Outro lado
"Não existe nada que possa comprovar essas acusações que me fazem, sequer um tostão entrou na minha residência que não fosse fruto do meu trabalho e do meu marido", disse ao Estado a juíza baiana Janete Fadul de Oliveira, afastada pelo CNJ por suspeita de vender sentenças. O desembargador Edgard Lippmann Junior, do TRF da 4ª Região, se considera vítima de uma condenação antecipada. "Eu já fui punido, estou cumprindo uma pena há cinco meses sem ter sido julgado em definitivo", afirmou. Ele nega ter recebido dinheiro para favorecer uma casa de bingos. "Os processos foram feitos para escandalizar, não há prova aqui na Bahia de compra e venda de sentença", reage a juíza Maria de Fátima Carvalho. Para o desembargador paraibano Marcos Antônio Souto Maior, que antes de ser alvo do CNJ já estava afastado por ordem do Superior Tribunal de Justiça, o conselho exagera na hora de fiscalizar. Acusado de favorecer um assessor, ele diz ser inocente . "Se chegassem 20, 30, 100, 200 (ações), decidiria da mesma forma." Em texto distribuído pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Amazonas, o desembargador Yedo Simões disse acreditar que será inocentado. "Até porque não cometi nenhum ato que possa envergonhar a mim, a minha família e a meus amigos", afirmou. "Seremos absolvidos", disse, referindo-se a ele e ao irmão, o juiz Elci Simões, também afastado.


Distorção de princípios
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello vê excessos e distorções na atuação do Conselho Nacional de Justiça. Para ele, o CNJ não pode querer gerenciar todos os tribunais, que têm autonomia administrativa e financeira. "Não podemos presumir que todos os homens, todos os juízes, todos os desembargadores, todos os ministros dos tribunais superiores são salafrários", disse ele, em entrevista ao Estado. “Não quero ver nem o CNJ nem o Conselho Nacional do Ministério Público como superórgãos”, afirma. Marco Aurélio também se mostra cauteloso em relação à Meta 2 instituída pelo CNJ, de que todos os processos ajuizados antes de 2005 sejam julgados até o fim deste ano. “Receio que, no afã de colocar os processos para fora, haja prejuízo do direito substancial, do jurisdicionado, das partes. E se coloquem os diversos conflitos na vala comum, passando-se não a julgar, mas apenas a decidir.”


Jogando a favor
Criado para moralizar o Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça enfrenta, de tempos em tempos, pressões para aumentar a estrutura, ter um prédio próprio e mais mordomias, como uma frota de carros privativos. Há quem defenda que o órgão tenha status de tribunal superior. Em reunião recente, o pedido de benesses, feito na gestão da ministra Ellen Gracie (2006-2008), voltou à tona. Mais uma vez a resposta foi negativa para a ideia de um carro para cada conselheiro, segundo o Estado.


Contrafluxo de processos
Apesar de faltarem juízes e se acumularem processos em todo o país, é cada vez maior o número de magistrados que se licenciam do trabalho para assumir cargos de direção em associações representativas da classe, segundo o Estado. O salário, porém, continua a ser pago pelo poder público. O Conselho Nacional de Justiça quer acabar com excessos e prepara uma resolução para regulamentar as licenças. O plenário começou a discutir o assunto em agosto, mas o debate foi interrompido por um pedido de vista. Entre as desvantagens pessoais e coletivas estariam o perigo de desatualização do juiz, a sobrecarga dos colegas, a politização dos magistrados e a crítica social aos integrantes do Judiciário, que são bem remunerados e continuam a receber dos cofres públicos para lutar por mais vantagens.


Caos carcerário
Os presídios e delegacias do Espírito Santo reúnem o que de pior pode ser encontrado no sistema carcerário: superlotação, infestação de ratos, esgoto a céu aberto, depósito de presos em contêineres, penas vencidas, presos sem acusação formal e até sem processo e prisões provisórias que se tornam condenações definitivas pela morosidade do Judiciário, leniência do Ministério Público e inoperância da Defensoria Pública, diz o Estado. Os exemplos encontrados no mutirão feito em maio foram, para os integrantes do Conselho Nacional de Justiça, um choque da realidade e, paradoxalmente, um anestésico. Depois de constatarem a realidade do sistema carcerário do Espírito Santo, alguns passaram a não se impressionar com a situação de outros estados.


Motivos da superlotação
Um quinto dos presos que tiveram os processos revistos pelos mutirões carcerários do CNJ tinham direito à liberdade, mas permaneciam na cadeia, segundo o Estado. No trabalho feito em 16 Estados, 11.137 detentos tiveram direito a deixar imediatamente o cárcere. Mais de 350 já haviam cumprido integralmente a pena. As iniciativas de rever o sistema prisional são recorrentes na história brasileira. Há registros de inspeções de 1824, quando o Brasil ainda vivia sob o império de Portugal, que soam atuais. "O estado atual da maior parte das prisões e estabelecimentos de caridade da Corte guardam um justo meio entre a barbaridade dos séculos que passaram e a civilização que corre", dizia o relatório de comissão municipal que visitou presídios do Rio.


Exemplo de descaso
As vistorias do CNJ do Espírito Santo mostraram que, em Vila Velha, sete andares de redes estavam instalados para comportar 256 presos em uma cela para 36. O corredor, de poucos metros, por onde passam duas pessoas por vez, também abrigava presos. Todos dividiam um banheiro. Lá dentro, alguns dos detidos aguardavam, há mais de um ano, a primeira audiência do inquérito desde que foram presos. Em Novo Horizonte, o pátio da delegacia era tomado por lixo, o que facilitou a infestação de ratos. Alguns presos, conforme constatado pelo conselho, exibiam, nos pés e nas pernas, marcas das mordidas. No pátio destinado ao banho de sol, corria todo o esgoto vindo das celas. Do outro lado da pilha de lixo, o presídio chamado de modular: contêineres empilhados que servem de celas. Em cada um dos caixotões de aço, 24 presos dividem dez camas. Alguns dormem no chão. Depois de inspecionados pelo CNJ, a delegacia de polícia judiciária e o presídio modular, em Novo Horizonte, foram interditados. Estão proibidos de receber novos presos. As informações são do Estado.


Falta de interesse
A falha dos juízes ficou evidente nos mutirões carcerários em todos os estados por onde passou o Conselho Nacional de Justiça. Boa parte dessas irregularidades tem como responsável o próprio Ministério Público. O CNJ identificou processos retirados das varas pelo Ministério Público havia três anos sem nunca terem sido devolvidos. Enquanto isso, os juízes responsáveis por esses casos, que não controlam a entrada e saída de processos, nada fazem. A prisão preventiva acaba se transformando, ilegalmente, em definitiva, de acordo com o Estado.


Comissão da verdade
Uma lista de 140 pessoas que desapareceram no país após serem detidas por órgãos de repressão política, na ditadura militar, foi um dos motivos que levaram à organização da Conferência Internacional sobre o Direito à Verdade, que começa nesta segunda-feira (19/10), em São Paulo, de acordo com o Estado. O evento, organizado pelo Núcleo de Estudos da Violência, ligado à USP, tem aparência e estrutura acadêmicas. Seus objetivos, porém, são políticos. Acredita-se que possam sair dali, em dois dias de exposições e debates, as ideias para a montagem de uma comissão de verdade no Brasil. Em outros países que também passaram por regimes de exceção, como a Argentina e o Chile, com ditaduras militares, e a África do Sul, tiranizada pelo apartheid, comissões desse tipo ajudaram a esclarecer crimes como os desaparecimentos e a apontar os responsáveis. O ministro da área de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, participará da abertura da conferência, nesta segunda, pela manhã, na USP. Ele é um dos que esperam que ela aponte os rumos para criação da comissão de verdade. O idealizador do evento, o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro, membro da diretoria do NEV e relator da ONU para direitos humanos, defende a constituição da comissão.


Falta de consenso
A criação de uma comissão de verdade enfrenta entraves, segundo o Estado. O mais visível é o tempo. Nos países onde comissões desse tipo funcionaram e tiveram efeito, elas foram constituídas ainda no período de transição entre ditadura e democracia. No Brasil a ditadura acabou há quase um quarto de século. Outra diferença é a ausência de consenso nacional em torno do tema. No Brasil se discute até se a Lei de Anistia, de 30 anos atrás, beneficiou ou não os acusados pelos crimes de morte, tortura, desaparecimento. A comissão seria o ideal, afirma o jurista Belisário dos Santos Junior, que é membro da Comissão de Mortos e Desaparecidos, do governo federal, e faz parte da lista de expositores da Conferência sobre o Direito à Verdade. Ele não acredita, porém, na criação da comissão. "Não acredito que o governo, às vésperas de um ano eleitoral, apresente ao Congresso um projeto dessa natureza. Por outro lado, uma comissão criada por decreto já nasceria fraca." A solução mais factível, segundo o jurista, seria uma comissão de alto nível e com amplos poderes para trabalhar na área de informação, reunindo as que já existem e procurando outras. "Sem preocupação com denúncias, a comissão trabalharia para esclarecer os fatos, com o viés de quem deseja reescrever a história e não apenas organizar documentos."


Judiciário subvertido
A censura contra o Estado, mantida desde 31 de julho pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, demonstra, para o presidente da Associação Juízes pela Democracia, o juiz Luís Fernando de Barros Vidal, a força de um Estado autoritário que se crê onipotente, o que é muito grave para a democracia brasileira. "Expandindo um pouco esta questão, é o mesmo Estado que se considera desobrigado de pagar precatórios aos contribuintes, de punir torturadores que agiram sob suas ordens. Tudo isso demonstra uma consciência fortemente antidemocrática e que ainda há confusão entre o público e o privado no Brasil", afirmou.


Razão da desobediência
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, pediu ao Tribunal de Justiça do Pará e à governadora Ana Júlia Carepa (PT) informações sobre a situação das forças policiais do estado. O objetivo é esclarecer se há déficit de contingentes ou se o Executivo se nega a efetuar as sentenças do Judiciário, conforme acusa a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que alega falta de cooperação em reintegrações de posse. A informação é do Estado.


Cassado atuante
Segundo o Estado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou parecer ao Tribunal Superior Eleitoral determinando que a Assembleia Legislativa do Amapá retire do cargo o deputado estadual Jorge Elson (PCB), eleito em 2006, e dê posse ao primeiro suplente, Leury Salles Farias (PMDB). Elson se mantém no cargo apesar de ter sido cassado pelo TSE por compra de votos, em esquema envolvendo cursos gratuitos para eleitores.


Eleições suspensas
As eleições suplementares marcadas para hoje no município de Baependi, no sul de Minas Gerais, foram suspensas pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral. A determinação foi feita a pedido do vice-prefeito eleito em 2008, Márcio Augusto Nardi Neves (PTN), que entrou com recurso pela suspensão da cassação dele e do prefeito Cláudio Rollo (PTN). O ministro considerou prudente suspender a eleição até o julgamento final do recurso. A informação é do Estado.


Só na Justiça
Os consumidores brasileiros pagam R$ 1 bilhão a mais por ano pela energia elétrica devido a um erro no cálculo das tarifas aplicadas nas contas de luz. A falha se repete desde 2002, período durante o qual pode ter sido sacado do bolso do consumidor uma cifra estimada em R$ 7 bilhões. O governo sabe do problema há dois anos, mas não tomou nenhuma medida efetiva para resolvê-lo. O superintendente de regulação econômica da Agência Nacional de Energia Elétrica, David Antunes Lima, disse que os consumidores que ingressarem com ações judiciais devem ganhar o direito de ressarcimento dos recursos pagos a mais às distribuidoras de energia. A notícia é da Folha de S.Paulo.


Feriados cortados
Caso aprove projetos fixando as folgas de feriados sempre em segundas ou sextas-feiras, o Congresso excluirá 41 datas estaduais e 47 municipais, considerando somente as capitais. Sugerida para evitar o "enforcamento" de dias úteis e estimular o turismo com "feriadões", a regra teria efeito prático em apenas cinco datas nacionais -ignora datas regionais em que não se trabalha por decretos de Estados e municípios. Já aprovados na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, dois projetos pretendem alterar as folgas dos feriados de Tiradentes, Dia do Trabalho, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Proclamação da República. São excetuadas datas consideradas "mais significativas", como Natal e Sete de Setembro, além das comemorações regionais. As informações são da Folha de S.Paulo.


Doadores na mira
Uma enxurrada de 224 ações movimenta o plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio. O alvo são os doadores da campanha de 2006 que excederam o limite para transferir recursos a candidatos. Para pessoas jurídicas, o limite é de 2% do faturamento do ano anterior à votação e, para pessoas físicas, 10%. Quem doou mais do que deveria pode ser obrigado a pagar até dez vezes o valor excedido. No total, as multas no Rio podem chegar a R$ 200,8 milhões. Segundo o jornal O Globo, são 131 empresas, de construtoras a postos de gasolina, que doaram acima do limite a diferentes candidatos e partidos.


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Estou repassando porque cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém.


Os Benefícios do sexo



1. O sexo []é um tratamento de beleza. Provas científicas demonstram que quando as mulheres fazem amor produzem maiores quantidades de hormônio estrógeno que dá brilho ao cabelo e deixa a pele tenra.


2. Fazer amor []de forma tranqüila e relaxada reduz as probabilidades de sofrer dermatites, urticárias ou granos. O suor que se produz limpa os poros e dá luminosidade para a pele.
3. Fazer amor[] queima as calorias durante a cena romântica.


4. O sexo []é um dos esportes mais seguros que se pode praticar. Estica e tonifica quase todos os músculos do corpo. Se desfruta mais que nadar 20 piscinas [],ou outro esporte que solicite equipamentos especiais.

5. O sexo []é uma cura instantânea para a depressão leve. Libera endorfinas na corrente sangüínea, produzindo uma sensação de euforia e deixa com uma sensação de bem-estar.

6. Quanto mais sexo []praticar, mais sexo vai querer. O corpo sexualmente ativo desprende maiores quantidades de feromônios. Estes sutís perfumes sexuais deixam louco o sexo oposto!

7. O sexo []é o tranqüilizante mais seguro do mundo. É 10 VEZES MAIS EFETIVO QUE O VALIUM.



8. Beijar []todos dias mantém triste o dentista. O beijo []secreta saliva que limpa os restos de comida dos dentes e reduz os níveis dos ácidos causadores de cáries, e previne contra o tártaro.

9. O sexo []realmente alivia as dores de []cabeça []. Uma sessão fazendo amor alivia a tensão que aperta os vasos sanguíneos do cérebro.

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Esta mensagem foi enviada para que tenha boa []sorte []no sexo []. A original se encontra em uma casa de Palaiseau. Já viajou ao redor do mundo nove vezes. Agora chegou a você A 'Fada Quente do Sexo' te visitará depois de quatro dias de receber esta mensagem, sempre e quando a reenviar.
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TÔ MANDANDO!!! EU HEIM!!!


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BAIANOTERAPIA...

A mãe do baiano vai viajar pro
exterior e pergunta ao filho:
- Quer que mãinha lhe traga alguma
coisa da viagem, meu dengo?
- Ô, minha mãe... Por favor, me traga
um relógio que diz as horas.
- Ué, meu cheiro... E o seu, não diz não?
- Diz não, mãinha... Eu tenho de olhar
nele pra saber...

O baiano deitadão na varanda :
- Ô mãinha , a gente temos aí pomada
pra queimadura de taturana?
- Purque, meu dengo? Uma taturana encostou em ti, foi ???
- Foi não, mas ela tá cada vez mais perto...

Três horas da tarde. Dois baianos
encostados numa árvore à beira da estrada.
Passa um carro a grande velocidade
e deixa voar uma nota de cem reais, mas o dinheiro vai cair do outro lado da
estrada.
Passados cinco minutos, um fala para o outro:
- Rapaz, se o vento muda, a gente ganha o dia...

- Meu rei, veja aí pra mim...
A braguilha da minha calça tá aberta?
- Olhe... Tá não...
- Então vou deixar pra mijar só amanhã...


Quatro baianos assaltam um banco e
param o carro uns quilômetros à frente.
Um deles pergunta ao chefe da quadrilha:
- E aí, meu rei... Vamos contar o dinheiro?
- E pra que esse trabalhão? Vamos
esperar o noticiário da TV...

Dois baianos estirados nas redes estendidas na sala:
Oxente, será que tá chovendo?
- Sei não, meu rei...
- Vai lá fora e dá uma olhada. ..
- Vai você...
- Vou não, tô cansadão...
- Então, chame nosso cão...
- Oxente, chame você...
- Ô Fernando Afonso!
O cachorro entra na sala, pára e deita
de costas para os
dois.
- E então, meu rei, tá chovendo?
- Tá não... O cão tá sequinho.


Dois baianos que eram primos vão servir o exército.
Chegando lá são entrevistados pelo sargento:
-Qual o seu nome? pergunta ao primeiro.
-É Tonho, meu rei.
- Negativo. De agora em diante você será "Antônio". E o
que você está fazendo aqui?
- Tô dando um tempo.
- Negativo. Você está servindo à Pátria.
- E o que é aquilo? Pergunta apontando
para a Bandeira do Brasil.
- É a bandeira.
- Negativo. De agora em diante ela é a sua Mãe.
Vira-se para o segundo e pergunta:
- Qual o seu nome?
- É Pedro.
- E o que você está fazendo aqui?
- Servindo à Pátria.
- E o que é aquilo (apontando para a bandeira)?
- É minha tia. Mãe de Tonho...





PS:Aos politicamente corretos,não me venham me pertubar com bairrismo.Sou paulista,podem satirisar também,numa boa.Não pedirei retratação.
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sábado, 17 de outubro de 2009

Precatórios

Legalização de cessões
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator do projeto que muda as regras de pagamento dos precatórios, decidiu institucionalizar o chamado mercado paralelo desses créditos. A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo. O relator incluiu dois dispositivos na proposta entregue na quinta-feira (15/10) à Comissão Especial da Câmara permitindo ao credor ceder a terceiros o que tem a receber, total ou parcialmente, e ainda convalidando todas as cessões de precatórios realizadas até a entrada em vigor da nova regra, com a promulgação da emenda constitucional. O mercado paralelo ou secundário de precatórios surgiu movido pelo atraso na fila de pagamentos. Sem poder esperar, o credor acaba vendendo seu crédito a escritórios especializados que foram criados em torno dessa atividade, com deságio que chega a 70% do valor. O comprador usa o crédito para pagar débitos e, caso seja aprovada a proposta em discussão, poderá passar também a comprar imóvel. Um dos artigos faculta ao credor a entrega de créditos em precatórios para a compra de imóveis públicos. Estima-se que haja atualmente um estoque de R$ 100 bilhões de precatórios não pagos por estados e municípios. Apenas os federais estão em dia.


Remédio errado
Insatisfeita com a proposta apresentada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Ordem dos Advogados do Brasil defende a federalização da dívida dos estados e municípios com precatórios. Com isso, segundo Flávio Brando, presidente da Comissão de Precatórios da OAB, os credores poderiam negociar seus papeis com deságio de cerca de 20%, em vez de 80%, como é hoje. Em entrevista ao Estadão, Brando afirmou que o projeto mantém uma limitação porcentual, calculada com base na receita dos estados e municípios, para o pagamento dos precatórios. “No Estado de São Paulo, o teto seria de 2%. Há pontos inconstitucionais e, pelo aspecto financeiro, a coisa não funciona. Esse limite, que é absolutamente arbitrário, é muito pequeno em relação às dívidas. Ao limitar a saída de dinheiro, os Estados vão levar muitos anos para resolver só o passado. E, no futuro, será perpetuada essa moratória, de forma crônica”, afirmou.


Devo, não nego
O secretário da Fazenda da Bahia, Carlos Martins, rejeita a pecha de "PEC do calote" para a emenda constitucional que institucionaliza o pagamento das dívidas judiciais com desconto. "É a PEC do pagamento", disse em entrevista ao Estadão. Segundo ele, os estados vão se mobilizar para tentar reduzir, no plenário, o teto fixado para o pagamento das dívidas, calculado com base na receita dos entes da Federação. Ele diz que a OAB é a única contrária ao acordo feito com os entes no Senado.

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Governo Federal poderá assumir dívidas de precatórios








15.10.2009 | 22h59

Governo Federal poderá assumir dívidas de precatórios

Deputados alagoanos devem se posicionar sobre o assunto

Assessoria

O deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), relator da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 351, a chamada PEC dos “Precatórios”, leu em sessão realizada nesta quinta-feira (15/10) seu relatório a respeito da Proposta. Integram a Comissão os deputados federais alagoanos Francisco Tenório (PMN/AL), Augusto Farias (PTB/AL) e Maurício Quintela (PR/AL), que deverão se posicionar na próxima semana a respeito do relatório.

O relatório de Cunha introduziu no parágrafo 16 da PEC a possibilidade do governo federal criar um fundo de desenvolvimento para pagamento de precatórios, prevendo que “a seu critério, exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente".

"A redação, entretanto, deixa dúvidas, pois ficaria a critério da União, o que significa incerteza quanto à aceitação pela mesma, instabilidade e humores políticos de ocasião", explica Flavio Brando, presidente da Comissão Nacional de Precatórios da OAB.

A proposta foi apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/SP), baseado em projeto da FIESP e da OAB, e representa uma solução definitiva sobre o assunto. ”É uma ótima proposta", destacou Eduardo Cunha, "mas tem que ser acertada com o governo. Para isso abrimos caminho com este relatório".


A possibilidade de federalização dos precatórios, admitida por grande numero de instituições e credores como uma grande alternativa, consiste na troca do papel precatório estadual ou municipal por títulos de longo prazo da União – com vencimento do principal para 20 ou 30 anos. Com isso, os devedores (estados e municípios) aliviariam seu fluxo de caixa ao jogar o pagamento do principal para mais adiante, comprometendo-se unicamente com juros de seis em seis meses.


Os credores, por seu lado, poderiam, conforme testes de mercado, vender suas Notas do Tesouro Nacional (NTNs), oriundas de precatório imediatamente no mercado com um deságio calculado de apenas 20%. Ou ainda, capitalizar as NTNs em fundos de infraestrutura , ou mantê-las investimento de longo prazo.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O PROFESSOR SEMPRE ESTÁ ERRADO






Repassando....

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O PROFESSOR SEMPRE ESTÁ ERRADO

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.


A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.


Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".

É, o professor está sempre errado mas,
se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
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Projeto institucionaliza mercado paralelo de precatórios

Projeto institucionaliza mercado paralelo de precatórios

DENISE MADUEÑO - Agencia Estado

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BRASÍLIA - O relator do projeto que muda as regras de pagamento dos precatórios (dívidas decorrentes de sentenças judiciais), deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), institucionaliza, no seu texto, o chamado mercado paralelo desse tipo de dívida no País. O relator incluiu dois dispositivos na proposta entregue hoje à comissão especial da Câmara permitindo ao credor ceder, total ou parcialmente, seus créditos a terceiros e ainda convalidando todas as cessões de precatórios realizadas até a entrada em vigor da nova regra, com a promulgação da emenda constitucional. O projeto deverá ser votado na próxima semana na comissão especial.



O mercado paralelo ou secundário de precatórios surgiu movido pelo atraso na fila de pagamentos. Sem poder esperar pelo pagamento, o credor acaba vendendo seu crédito a escritórios especializados que foram criados em torno dessa atividade, com deságio que chega a 70% do valor. O comprador usa o crédito para pagar débitos e, caso seja aprovada a proposta em discussão, poderá passar também a comprar imóvel. Um dos artigos faculta ao credor a entrega de créditos em precatórios para a compra de imóveis públicos.



"O projeto privilegia os pequenos, os idosos e que têm créditos alimentícios. Os grandes credores precisam de uma saída", disse Cunha. Estima-se que haja atualmente um estoque de R$ 100 bilhões de precatórios não pagos pelos Estados e pelos municípios. Apenas os federais estão em dia.



PEC do calote



A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considera as mudanças nas regras do pagamento dos precatórios um "calote". A entidade contesta a instituição de um limite anual para o cumprimento de decisões judiciais, o prazo de 15 anos para pagar os credores e a instituição de um leilão, que resultará em grandes descontos e em prejuízo para os credores, entre outras críticas.



Eduardo Cunha alterou parcialmente um dos pontos polêmicos da proposta aprovada pelo Senado em abril. Pelo menos 50% dos recursos que serão reservados aos precatórios serão destinados ao pagamento em ordem cronológica de apresentação. Os 50% restantes poderão ser pagos por meio de leilão ou por meio de câmaras de conciliação, onde as duas partes poderão entrar em acordo.



Cunha manteve o regime especial para a quitação da dívida pelos Estados e pelos municípios. Pelo regime especial, os Estados e os municípios poderão pagar as dívidas em atraso no prazo de 15 anos, com o valor a ser calculado com base em suas receitas líquidas. Cunha regionalizou esse porcentual, mudando o texto do Senado.



Será de 1,5% para os Estados e de 1% para os municípios do Norte, do Nordeste, do Centro-Oeste e do Distrito Federal e para os Estados de outras regiões cujos estoques de precatórios pendentes corresponderem a 35% do total das receitas líquidas. O porcentual será de 2% para os Estados e de 1,5% para os municípios das regiões Sul e Sudeste, cujos estoques de precatórios pendentes corresponderem a mais de 35% da receita corrente líquida.



Federalização



No projeto, o relator abriu caminho para que a União, a seu critério exclusivo e por meio de uma lei a ser aprovada pelo Congresso, assuma os débitos dos precatórios de Estados, Distrito Federal e municípios, para refinanciá-los.



Assim como no projeto do Senado, os débitos de natureza alimentícia de credores com idade acima de 60 anos ou portadores de doença grave terão prioridade. São aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez. http://suzana-meirelles.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

> Fato sobre Chico Xavier contado por Divaldo P. Franco.


Repassando:

> Fato sobre Chico Xavier contado por Divaldo P. Franco.
>
>
>
> O mais bonito, não eram apenas as
> visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas
> anônimas que ele realizava pela madrugada, quando
> saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias
> doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado
> por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já
> portava alguns problemas de saúde, mas sem que
> ninguém o soubesse.
>
> Ali estava a maior antena
> paranormal da
> humanidade dos últimos séculos, apagando este
> potencial para chorar com uma família que tinha fome.
>
> Ele contou-me que tinha o
> hábito, em Pedro
> Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de
> uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra.
> Iam ele, sua irmã Luiza e mais
> duas ou três
> pessoas muito pobres de sua comunidade.
>
> À medida que eles aumentavam a
> freqüência de
> visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal
> conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus
> salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de
> escassos recursos.
>
> O esposo de Luíza, que era
> fiscal da
> prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia
> excedente, legumes e outros alimentos, e que eram
> doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à
> noite, aos necessitados da ponte.
>
> Houve, porém, um dia em que
> ele, Luíza e
> suas auxiliares não tinham absolutamente nada;
> decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava
> com fome e nada teriam para oferecer. Eles também
> estavam vivendo com extremas dificuldades.
>
> Foi quando apareceu-lhe o
> espírito do Dr.
> Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem alguns
> jarros com água, que ele iria magnetizá-los para
> serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa
> para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor,
> utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais
> pessoas presentes, fluidificou o líquido.
>
> Esse adquiriu um suave perfume,
> e então o
> Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a
> reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte.
> Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas,
> entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas
> com graves problemas espirituais, necessitados.
>
> "Lá vem o Chico, dona
> Luíza" - gritaram e
> ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas
> água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada,
> fluidificada), pretendeu explicar a ocorrência.
> Levantou-se e falou:
>
> - "Meus irmãos, hoje nós
> não temos nada" - e
> narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo
> ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele
> começou a chorar.
> Neste momento, uma das
> assistidas
> levantou-se e disse:
>
> " - Alto lá! Este homem e
> estas mulheres vêm
> sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada
> para nos
> dar, cabe-nos dar-lhes alguma
> coisa. Vamos
> dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos
> agradecer a Deus."
>
> Enquanto ela estava dizendo
> isso, apareceu
> um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro,
> interrogou:
> - "quem é Chico
> Xavier?"
>
> Quando ele atendeu, o motorista
> perguntou se
> ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico
> recordava-se de um certo senhor de grandes posses
> materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes
> estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de
> que era objeto.
>
> Seu filho querido desencarnara,
> ele e a
> esposa estavam desesperados - ainda não havia o
> denominado Correio de Luz, eram comunicações mais
> esporádicas - e Chico compadeceu-se muito da angústia
> do casal.
>
> Durante a reunião, o filhinho
> veio trazido
> pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma
> consoladora mensagem. Então o cavalheiro disse-lhe:
> "- Um dia, Chico, eu hei
> de retribuir-lhe de
> alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta
> comunicação?"
>
> Chico explicou-lhe:
> " - É natural esse
> fenômeno, graças ao
> venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe
> o jovem
> desencarnado para este
> fim", e deu-lhe uma
> idéia muito rápida do que eram as comunicações
> mediúnicas.
>
> O casal ficou muito grato ao
> Dr. Bezerra de
> Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a
> graça recebida.
>
> Foi quando o motorista lhe
> narrou:
> - "Estou trazendo este
> caminhão de alimentos
> mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço
> do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um
> problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei,
> estava tudo fechado.
> Olhei para os lados e
> apareceu-me um senhor
> de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu
> desejava.
> " - Estou procurando o Sr.
> Chico Xavier" -
> respondi.
>
> " - Pois olhe: dobre ali,
> vá até uma ponte
> caída, e diga que fui eu quem o orientou" -
> respondeu-me.
> " - E qual o seu
> nome?" - indaguei, e ele
> respondeu " - Bezerra de Menezes".
>
> "Não ame
> pela beleza, pois um dia ela acaba.
> Não ame
> por admiração, pois um dia você
> se decepciona.
> Ame apenas, pois o tempo
> nunca pode acabar
> com um amor sem explicação!"
>
>
>
>
>







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Metade dos transplantes de órgãos do Brasil é feita em São Paulo

Tempo de espera para receber uma córnea caiu mais de 90% nos últimos dois anos

Atualizado em 13 de outubro às 14h15

Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, divulgado no mês de setembro, aponta que São Paulo é recordista nos transplantes de órgãos no País. Só no primeiro semestre deste ano, o Estado realizou 988 das 2099 operações realizadas no País - o que equivale a mais 47% do total. No mesmo período de 2008, os hospitais paulistas fizeram 39,7% dos transplantes no Brasil, ou seja, 671 cirurgias.

Ainda quando era ministro da Saúde do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador José Serra ampliou os recursos para a área de transplantes no País. Agora, Serra está expandindo o setor em São Paulo. Entre 1997 e 2001, o número de transplantes por ano no Estado dobrou, e o Brasil passou a ser o segundo país do mundo na área.

Além da eficiência nos transplantes, o Estado de São Paulo também tem como característica a agilidade. Nos últimos dois anos, a espera por um transplante de córnea despencou 91,3% no Estado nos hospitais paulistas. Um paciente que precisa do tecido permanece na fila, em média, apenas 15 dias. Em 2007, a espera durava 174 dias e, em 2005, o paciente aguardava mais de dez meses. Os dados são da Secretaria de Saúde com base no mês de setembro. A pesquisa do Ministério da Saúde mostra ainda que 2.948 córneas foram transplantadas nos hospitais paulistas só no primeiro semestre deste ano - no Brasil, foram 6.151 procedimentos desse tipo.

A ampliação do número de transplantes e a redução do tempo de espera em São Paulo se devem, sobretudo, à reorganização da Central Estadual de Transplantes, órgão vinculado à Secretaria da Saúde, iniciada no ano 2000. De acordo com Luiz Augusto Pereira, médico coordenador da entidade desde 1998, a reorganização das listas de pacientes e a reformulação de critérios de distribuição foram decisivos para a evolução do serviço.

No caso dos transplantes de fígado, por exemplo, há duas listas de espera - uma para Grande São Paulo e outra para o interior. Entretanto, a fila respeita uma exceção - a gravidade do caso. "Um paciente que sofre uma parada repentina do fígado tem prioridade em relação a uma pessoa que possui uma doença crônica e pode esperar mais um pouco", afirma Pereira.

A lista para conseguir um transplante de coração é única para todo o Estado, mas não basta estar na relação: é preciso que o órgão seja compatível com o paciente. Isso leva em conta características como a idade do doador, o tipo sanguíneo do receptor e o tamanho do órgão. O mesmo vale para pulmão e pâncreas. Os pacientes que esperam por um rim estão em três listas - uma para a Grande São Paulo, uma para Campinas e outra para Ribeirão Preto.

Já na área de transplantes de córneas, houve uma grande readequação na ordem das cirurgias. Segundo Pereira, havia diversos bancos de olhos em São Paulo e cada um fazia sua própria lista de espera. "Há nove anos, a Secretaria [de Saúde] desenvolveu um sistema informatizado para as equipes médicas de todo o Estado cadastrarem seus pacientes. Ao mesmo tempo, a vigilância sanitária passou fiscalizar, credenciar e autorizar os bancos de olhos", explica o médico.

Fila zerada

Atualmente, o Estado de São Paulo possui nove bancos de olhos preparados para captar córneas, prepará-las para as operações e entregá-las para as equipes médicas. Esses centros de distribuição respeitam listas de espera únicas, que são elaboradas e gerenciadas pela Central de Transplantes na capital paulista. "Há uma lista que contempla a Grande São Paulo e o litoral e outras três no interior: uma na região Campinas/Sorocaba, outra em Ribeirão Preto/São José do Rio Preto e, por último, uma Botucatu/Marília. Uma região só repassa córneas para outra se a lista estiver zerada, ou seja, se não houver nenhum paciente em espera", afirma o coordenador da Central de Transplantes.

Para manter o alto nível de organização, a Central de Transplantes possui um rígido controle de informações. Todas as córneas captadas pela rede de banco de olhos possuem uma ficha técnica, com nome e idade da vítima e cerca de dez critérios para avaliar em vários graus sua qualidade. "Quando oferecemos uma córnea, a equipe médica tem uma hora para aceitar ou recusar. Se a equipe descartar cinco vezes seguidas, ela é retirada do nosso banco de dados", diz Pereira.

Outro fator que ajuda a aceleração das listas de espera para os transplantes de córnea é o tempo de validade do órgão. Em média, uma córnea dura até dez dias, se conservada em condições adequadas. Para completar, não existem restrições comuns dos outros órgãos, como tamanho e compatibilidade sanguínea. "Não importa a idade do doador nem do receptor", diz Pereira. Por ano, cerca de seis mil transplantes de córnea são realizados no Estado - média de 16 operações por dia. http://suzana-meirelles.blogspot.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Precatórios: OAB e juízes querem barrar a PEC do Calote no Congresso


Bom Dia ! Rondônia, 13 de Outubro de 2009

Precatórios: OAB e juízes querem barrar a PEC do Calote no Congresso
[12/10/2009 - 11:05] Brasília - As dívidas do poder público com cidadãos e empresas, cerca de R$ 100 milhões em todo o país, estão exasperando os juízes de Direito - figuras normalmente reclusas, mas que decidiram, desta vez, "colocar o bloco na rua". Três deles, representando entidades de magistrados, foram a uma audiência pública na Câmara de Deputados, na última terçafeira, 6, clamar para que o Legislativo impeça a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) que flexibiliza as regras de pagamento dos precatórios - um documento que vale dinheiro e é emitido pelo Judiciário ao dar ganho de causa a particulares que reclamam ressarcimentos das administrações públicas.

"Se a PEC for aprovada como está, o Congresso estará declarando a falência do sistema de crédito doPaís e violando o princípio da moralidade", sentencia Flávio Brando, presidente da Comissão de Precatóriosda OrdemdosAdvogados do Brasil (OAB), que já avisou que ingressará com ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) em caso de homologação da PEC com o texto atual, aprovado pelo Senado.

"Não poderemos aceitar mais sacrifício para a parte mais prejudicada, que é o credor de dívidas perante o poder público", disse o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juiz Mozart Valadares Pires.

Segundo um levantamento feito pela OAB, que propõe a concessão de garantia pela União, há administrações em situação crítica, como o Estado do Espírito Santo, cujo endividamento com precatórios alcança nada menos que 110% de sua receita corrente líquida (RCL), ou R$ 7 bilhões, o município de São Paulo, com uma dívida de mais de R$ 10 bilhões, ou 43% de sua RCL.

No caso do Paraná, a dívida com precatórios chega a 30% da receita correntelíquida, ou R$ 3,7 bilhões.

Impagável O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que torce pela aprovação da PEC, informaqueo orçamentodesuacidade para o próximo ano prevê R$ 2,2 bilhões para precatórios e R$ 3,6 bilhões para a Saúde.

"É praticamente impossível cumprirmos um valor dessa magnitude", queixa-se ele. Na Bahia, a situação está sob controle, garante o assessor técnico da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Augusto Monteiro, que cuida do assunto.

Deacordo com ele,a dívida da administração estadual com precatórios é de R$ 1 bilhão, o que corresponde a 6% da RCL.

O Estado de São Paulo, por exemplo, que até o final de 2009 terá pago R$ 2,3 bi, seguirá devendo mais de R$ 20 bi em precatórios. "Temos um processo de negociação bem-sucedido com o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional Trabalho, com a celebração de vários acordos e pagamentos regulares de R$ 50 milhões anuais desde 2005", explica Monteiro. O relator da PEC, deputado Eduardo Cunha, diz que aUnião "nãotem dado sinais de que queira assumir a dívida de estados e municípios".

PEC do Calote Se as dívidas com precatórios ajudam a engessar os investimentos na área social, como reclamam os gestores, por outro lado aproposta em análise na Câmara, batizada pelos críticos de "PEC do Calote", é um prêmio para governos que são maus pagadores.

Istopor queela limita adestinação anual do poder público para a dívida em até 2% da RCL, permite que os precatórios sejam negociados em leilão - o que possibilitaria um deságio de até 80% do valor original - e ainda poderá forçar os credores a uma espera de 15 anos parareceber o valor que lhes é devido. "Isso não existe em nenhumpaís civilizado do mundo", irrita-se Flávio Brando, da OAB. "O problema é que gestores públicos anteriores deixaram de cumprir suas obrigações com responsabilidade e repassaram a dívida para os seguintes", observa Mozart Pires. Há dívidas de mais de 20 anos. (A Tarde) http://suzana-meirelles.blogspot.com/