quarta-feira, 18 de abril de 2012

DEUS SEGUNDO SPINOZA - Baruch Spinoza | Papo Livre

DEUS SEGUNDO SPINOZA - Baruch Spinoza | Papo Livre



DEUS SEGUNDO SPINOZA - Baruch Spinoza

Baruch Spinoza.
As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em
Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos
grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia
Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de
família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo
bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século
XVII.
Para reflexão.
DEUS SEGUNDO SPINOZA ( Deus falando com você )
“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é
que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que
Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo
construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas
praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo
mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade
fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu
amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo
o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver
comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem,
no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me
encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me
irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te
enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos,
de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te
culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês
que eu poderia criar um lugar para queimar
a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da
eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são
artimanhas para te manipular, para te controlar,
que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única
coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida,
que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem
um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há
pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um
conselho. Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de
existir. Assim, se não há nada,
terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste
comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste,
se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero
que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas
tua filhinha, quando acaricias
teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas
relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o
jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te
ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui,
que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que
precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que
estou, batendo em ti.
Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu:
“Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”.




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terça-feira, 10 de abril de 2012

                                          Tantas coisas a esquecer

Queria poder esquecer tantas coisas que me entristeceram e marcaram  minha vida para sempre!
A primeira infância solitária,isolada num mundo particular com minha
boneca Cecília.O pavor do primeiro dia de aula em que entrei sozinha na
escola sem a companhia da minha mãe.
Da professora que escondeu os docinhos da minha festinha de aniversário
e só ofereceu pipoca.
Da vez que escrevi Sabiá com ç,e todas classe deu risada.
Da vergonha que sentia quando os meninos me chamavam de gostosa e
eu nem sabia como lidar com isso,mas já invejada pelas outras meninas e criticada por minha mãe.
Queria esquecer o deserto afetivo em família para poder construir uma outra.,mais continente,equilibrada e respeitosa.
Queria esquecer da rejeição e tornar-me uma mulher mais segura de mim.
Queria esquecer que meu primeiro amor preferiu me ter como amiga e namorou a minha melhor amiga.
Queria esquecer os amigos mortos pela AIDS,as traições amorosas e fraternas.A doença e morte de meu pai e sobrinha.
AH! tantas outras memórias poderiam ser apagadas da minha cabeça.
Mas não, foi esta maldita doença que nasceu comigo e que  obriga a tomar um determinado remédio,que me faz  esquecer  de  coisas fundamentais para o dia dia .onde coloquei meus óculos,minha agenda,,meus documentos o que iria dizer ou escrever ,compromissos,em  .fim, enlouquecedor !
Esta doença que retirou de mim o prazer pela minha profissão e me trancou no quarto.
Este remédio que faz com que escreva de trás prá frente,que perca o vocabulário desenvolvido pelos anos de leitura.Que me tirou a concentração para a leitura.
Ah,porque já não me tira de vez a memória,para que  eu não tenha a consciência desta  degeneração lenta dos neurônios,que me transforma num fantasma risível da pessoa que fui.









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