Naquela noite eu chorei. Chorei enfática e desesperadamente pelo processo doloroso que atravessei para (re) conhecer-me e tornar-me pessoa. Chorei porque os mesmos caminhos que me afastavam daquela pessoa iam me trazer de volta...
Chorei porque não podia mais acreditar, e adoro acreditar. 
Porque ainda conseguiria amar apaixonadamente sem acreditar. E isto significava que amaria humanamente. Chorei porque daquele momento em diante chorarei menos.
Chorei, sobretudo, porque estava perdendo a minha dor e ainda não estava acostumada à sua ausência.

(Anaïs Nin)

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