terça-feira, 1 de maio de 2012


           Impotência



Diante do espelho deparo um olhar perdido no vazio.
Olhos sem brilho,feias olheiras num rosto cansado.
Um coração mudo de uma dor que,de tão grande não consegue gritar.O grito é uma bola de angustia que tampa a garganta.
É a minha impotência diante de alguém que não pode me dar o amor que  necessito.
Não porque não queira,talvez até quisesse,mas sim porque não
consegue.E não consegue porque é seco deste sentimento.
Acho que ele até tenta.Ele seduz,ele sorri,mas só consegue deixar tristeza em tudo que toca.
Não satisfeito de ser infeliz,como uma aranha ele atrai a presa
para sua teia,para matá-la de desespero e tristeza,na esperança
quem sabe,de esvaziá-lo destes sentimentos.Em vão.
Coitado dele.
Coitada da presa.









http://suzana-meirelles.blogspot.com/

5 comentários:

Sonia Salim disse...

Suzana, bons textos sempre refletem a realidade. Você escreveu como no trabalho do cirurgião que detecta o tumor e não usa de paliativos, fala logo ao paciente e retira-o. Eu diria que você foi incisiva, não deixou saída nem para a presa tampouco ao predador. Os dois sucumbem no final. Mas é como a vida, real e sempre com possibilidades.
Parabéns pela profundidade e reflexão.

Beijos!

@soniasalim

Cristiana Passinato disse...

Beo texto, muito obrigada por partilhar. Abs

Cristiana Passinato disse...

Belo texto, obrigada por compartilhar.
Um abraço,
Cris

Ronaldo Fernandes disse...

Cumprindo o paradoxo da vida, sendo e fazendo infelicidade, existem tantos leigos do real sentido de viver, coitado dels

rúcula disse...

su, antes de você postar a gente conversou sobre impotência e fomos à busca de uma imagem que a retratasse. mandei-lhe a de uma mulher e vc mandou-me a desse homem - que deletei - após dizer a você o quão forte a via. como loucura até, talvez por ter visto doentes mentais nessa posição em um "sanatório" aqui.
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já postei, tempos atrás sobre esse mesmo homem quejá havia sentido, pelos nossos papos, como uma pessoa doente. e como não frequento twiter não sabia como as palavras são expostas por lá. preocupava-me , você sabe disso, o quanto você ia e vinha em entregas de afetos a quem percebia ser um não merecedor desse afeto.
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enfim, por não estar no cotidiano do tt, mas informada por você, via o quanto ele era vivo e insano. e qtas vezes nós nos falamos sobre um corte no que a estava prejudicando tanto. era preciso que você chegasse a ontem, ao limite...
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e se fui mais firme sobre ele do que das outras vezes, foi por um não querer mais saber do seu cultivo por um afeto vão. fui objetiva sem deixar de ser solidária à sua dor. eu pensei sobre ela por mais tempo depois de nos falarmos. e pedi a você que se amasse mais. não voltar aqui a repetir nosso papo. releia, por favor o que postei tempos atrás pq agora, não quero mais falar sobre ele.
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é duro, mas depende de você sim. e corte-o das suas relações de amigos virtuais, mmo q ele apareça por vias transversais. quanto à sua dor trabalhe-a como você me disse.
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sei que voltará e que estou a seu lado, como sempre. bjo, su.